Depois do Pix, outro termo que ficará famoso é o Drex: esse é o nome dado pelo Banco Central ao 'real digital', que deve estrear no ano que vem. Desde o início, uma das maiores vantagens prometidas é o fim de golpes na transferência de automóveis.Como funciona?
O Banco Central explica que Pix e Drex fazem parte do esforço de digitalização da economia brasileira. Enquanto o Pix vale para o dinheiro, o Drex também inclui ativos não-financeiros, como carros e imóveis.
Assim, na hora de comprar um carro, o Pix será usado para que o comprador retire o dinheiro de sua conta. O Drex, enquanto isso, servirá para liberar o dinheiro ao vendedor quando a transferência do carro for realizada.
Isso ocorre automaticamente, utilizando 'contratos inteligentes', que precisam de condições específicas para serem liquidados. Tudo é feito através de bancos e outros agentes autorizados pelo Banco Central, com promessa de integração equivalente à do Pix.
Uma coisa fica condicionada a outra: você só receberá o dinheiro da venda do veículo quando fizer a transferência de propriedade para o comprador , explica o manual do BC quanto ao Drex. Caso isso não ocorra, o pagamento é estornado.
Para tanto, é necessário que haja compatibilidade com os sistemas do Detran de cada estado e dos bancos de dados do governo federal — um dos pontos que segue em desenvolvimento. Também se prevê o uso de blockchain, mas os testes mostraram grau de complexidade acima do esperado.
Para que o Drex possa ser lançado já no ano que vem, entretanto, o BC decidiu deixar o blockchain para depois, em 2ª fase de implantação. Como a função dos contratos inteligentes não depende disso, é possível que ela já funcione abertamente em 2026.